quarta-feira, 20 de maio de 2015

A pré-história do Seridó



A região do Seridó também tem sua importância na pré-história: o rio Seridó e os seus afluentes cortam uma importante e densa área de ocupação pré-histórica conhecida como a microrregião do Seridó: as pinturas rupestres existentes na região atestam o fato. 

Através dos dados coletados pode-se afirmar que os primeiros homens que chegaram à região nordestina eram como os índios atuais. Racialmente pertenciam a grupos mongolóides, descendentes de levas que atravessaram o estreito de Bering alguns milhares de anos antes. 
Gabriela Martin diz que o cemitério da Pedra do Alexandre, situado em Carnaúba dos Dantas (RN), forneceu as datações mais antigas no Nordeste, para um abrigo cemitério, um enterramento secundário de crianças foi datado em 9.400 anos BP. Enterramentos individuais de mais de 8.000 anos BP correspondem a dois esqueletos femininos adultos. 
Porém, o que mais sobressai em nossa região para este período são as pinturas rupestres, abundantes no Seridó da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A arqueóloga Ruth Trindade de Almeida, em seu livro “A arte rupestre nos cariris velhos”, afirma que “as gravuras e pinturas brasileiras e, em particular, as paraibanas, foram executadas pelos antigos habitantes da região – os indígenas – o que não quer dizer que tenham sido executados, obrigatoriamente, pela população que os portugueses encontraram no Brasil no século XVI. Podem ter sido obra de grupos indígenas extintos ou que não mais habitavam o local à época do descobrimento”. 
O historiador e pesquisador Helder Macedo compartilha dessa mesma opinião: “quem fez as inscrições rupestres existentes na região do Seridó foram grupos humanos pré-históricos, muito anteriores aos índios que entraram em contato com os colonizadores. Até hoje não temos evidência que esses sejam descendentes daqueles; não há, até agora, qualquer elo de ligação entre os dois grupos”.

Em relação ao Período pré-cabralino recente, quando os europeus passaram a ocupar a costa oriental da América do Sul, encontraram etnias vinculadas a quatro principais grupos linguísticos: os arauaque, os tupi-guaranis, os jê e os karib. Já os tarairiús eram um grupo indígena diferenciado, que habitava os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

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